24/02/2011

VEREADOR LUCICLÁUDIO REALIZA REUNIÃO COM FEIRANTES HOJE

Hoje às 19 horas conto com a presença dos feirantes na Câmara Municipal para que possamos discutir questões referentes a categoria que tem enfrentado inúmeras dificuldades no seu trabalho informal, mas de grande relevância para economia local.

É preciso que tenhamos uma feira-livre com melhores condições para os feirantes e para os consumidores que dela se utilizam. Portanto, venho la luta em defesa dessa boa causa.

Depois de Tomba, agora é a vez de Fernanda Costa

A médica Fernanda Costa, esposa do ex-prefeito Tomba, e pré-candidata a Prefeitura de Santa Cruz, está sendo acusada por acúmulo ilegal de funções, que tramita na Justiça Federal do Rio Grande do Norte.
Pela Constituição, nenhum cidadão pode assumir mais de um cargo comissionado, mas a esposa do santo-deputado, Fernanda Costa, acumulava três cargos comissionados.
Ao mesmo tempo em que era Coordenadora do Programa Cidadão do Amanhã,  Fernanda Costa também era médica, com lotação na V URSAP – Santa Cruz/RN, além de ser Subcoordenadora, com atribuições específicas de Diretor Geral da Unidade Regional de Saúde Pública (V URSAP).
Ou seja, durante quase um ano ela, com 24 horas no dia, oferecia “dedicação exclusiva” em três cargos comissionados. Crime!
Comprovadas as denúncias, Fernanda poderá ser condenada por improbidade administrativa, o que a tornará FICHA SUJA e, consequentemente, INELEGÍVEL.

Mirante do Alto II é um sucesso de vendas

Prefeitura no combate à Dengue

Em plena campanha de combate à Dengue, a Prefeitura de Santa Cruz colocou vários painéis pela cidade alertando a população sobre o risco alto de epidemia vivenciado pelo município.
Os painéis estão expostos nas fachadas dos prédios públicos da cidade, como Prefeitura (na foto), Santuário de Santa Rita, Complexo Vila de Todos e outros.
É importante que a população também participe e contribua no combate, seguindo as boas e velhas orientações.

Reabertura do Estádio Municipal Edmundo de Azevedo Dantas está próximo

Segundo informações do Secretário Municipal de Esportes, do município de Jaçanã, Erinaldo Alves, a reabertura do Estádio Edmundo de Azevedo Dantas será na Emancipação Política, com uma grande partida amistosa com adversário de alto nível.
A Prefeitura realizou a recuperação do gramado, bem como a reestruturação do espaço físico para treinos e receber os torcedores.

Fátima Bezerra é confirmada na presidência da Comissão de Educação

A deputada federal Fátima Bezerra foi confirmada hoje à tarde na presidência da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados. A indicação, feita pela bancada do PT.
A marca da deputada nos últimos oito anos foi a luta pela ampliação da educação tecnológica e profissionalizante. Só para o Rio Grande do Norte, ela contribuiu para a construção de 13 novas unidades de IFRNs: Zona Norte de Natal, Currais Novos, Ipanguaçu, Apodi, Caicó, João Câmara, Macau, Pau dos Ferros, Santa Cruz e Cidade Alta/Natal. Estão em construção os campi de Nova Cruz, Parnamirim e São Gonçalo.
Assim como fez quando relatou projetos importantes para a educação, a deputada federal Fátima Bezerra afirmou que vai atuar na presidência da Comissão em parceria com os representantes do setor, sempre dialogando com a sociedade civil.
FOnte: Blog do Wallace

TCU encontra irregularidades na verba da saúde em Santa Cruz

Torou dentro… O TCU quer saber mais detalhes sobre uma possível irregularidade em transferências voluntárias de material permanente de saúde. As investigações foram iniciadas em novembro de 2010.
Os recursos são enviados do Governo Federal para o executiva municipal, que não aplica corretamente esses recursos enviados.
Faltam profissionais, material, estrutura para o funcionamento das unidades de saúde da cidade. A população sofre com o descaso e a falta de gestão para oferecer condições com o mínimo de dignidade para o cidadão.

Fonte: Blog do Wallace 

Tomba foi condenado mais uma vez

O ex-prefeito e santo-deputado, Tomba Farias (PSB), foi condenado, ainda quando era prefeito de Santa Cruz, pelo Tribunal de Contas do Estado por receber diárias ilegalmente.
Basta uma rápida pesquisa nos arquivos do TCE para constatar que o hoje “Tomba Juacema” recebeu indevidamente quase R$ 8 mil em diárias quando era prefeito de Santa Cruz. Ainda na presidência de Tarcísio Costa, ocorreu a condenação.
Entretanto, o Ministério Público Especial, através de seu procurador Othon Moreno de Medeiros Alves, entendeu que houve excesso de diárias concedidas ao Prefeito Municipal, ficando caracterizada a complementação salarial e o desvirtuamento dos objetivos das diárias.

Fonte: Blog do Wallace

ENTIDADES REPUDIAM ATITUDE DA GOVERNADORA ROSALBA CIARLINI




Centro Potiguar de Cultura-CPC/RN
A Associação Norteriograndense de Estudantes-ANE/RN, a Associação Municipal de Estudantes Secundaristas-AMES-NOVA CRUZ/RN, o Centro Popular de Cultura-CPC da ANE/RN e o Centro Potiguar de Cultura-CPC/RN, vem de público repudiar a atitude da Governadora Rosalba Ciarlini pelo fato de nomear uma pessoa completamente descomprometida com a educação de Nova Cruz/RN, Região Agreste Potiguar e por que não dizer com o nosso querido Rio Grande do Norte?. Quais são os serviços prestados por essa senhora nomeada, que por ironia do destino é esposa do senhor prefeito de Nova Cruz, senhor Flávio Azevedo, essa é a mudança da governadora?  Esse é o compromisso do o desenvolvimento educacional do nosso Estado?  A politicagem continua reinando em nosso tão sofrido Estado!  Um desrespeito para com os que fazem a educação na nossa região.  Faremos um abaixo assinado em toda a Região Agreste em que a 3ª DIRED tem jurisdição pedindo a exoneração da senhora primeira dama do munícipio de Nova Cruz/RN frente da 3ª DIRED e em seguida enviaremos uma nota de repúdio assinado por várias entidades educacionais e culturais da nossa região.  Isso é um ABSURDO!  A Governadora disse em praça pública que iria consultar o povo, saber dos anseios do povo e é isso que o povo recebe?  Educação não é brincadeira!  Educação é coisa séria!  Educação não é MERCADORIA para se negociar!  Gestor tem que ser competente, qualificado e habilitado!  Acorda Nova Cruz e Região Agreste!  Acorda Governdaora!

ENQUETE MOSTRA QUE 89% DOS INTERNAUTAS CONCORDAM COM A CRIMINALIZAÇÃO DOS TROTES HUMILHANTES E VEXATÓRIOS

A proposta de tornar crime os trotes humilhantes e vexatórios recebeu a aprovação de 89% dos 2.879 cidadãos que votaram na enquete realizada pelo DataSenado, entre os dias 01 e 15 de fevereiro de 2011. Outros 11% manifestaram-se contra a proposta.

Casos de trotes violentos são noticiados com regularidade pelos veículos de comunicação. São comuns denúncias de que veteranos teriam atirado objetos em calouros, não raro havendo agressão física. Para evitar esse tipo de comportamento, muitas universidades têm tomado medidas para evitar e proibir o trote vexatório em suas dependências, além de promover debates e programas educativos para desestimular essas práticas. As instituições de ensino defendem formas diferentes de recepção para integrar calouros à comunidade universitária.

Os projetos de lei de iniciativa do Senado 404/2008 e 176/2009, de autoria dos ex-senadores Renato Casagrande e Arthur Virgílio, respectivamente, alteram o Código Penal e o Código Penal Militar, para que trotes realizados por meio de coerção física ou moral para obrigar calouros a praticarem ato humilhante, vexatório ou contrário aos bons costumes sejam enquadrados como crime. As propostas também prevêem que os agressores possam ser condenados à pena de detenção de 6 meses a 2 anos, bem como multa e pena correspondente à violência.

Nos comentários dos internautas sobre os projetos de lei, a maior parte mostrou-se favorável às propostas. Um deles escreveu, sintetizando essas opiniões: "já está passando da hora de responsabilizar atitudes tão irresponsáveis que não deveriam existir no meio daqueles que pleiteiam uma formação superior".
Fonte: Agência do Senado.

CONGRESSO VAI CELEBRAR O DIA INTERNACIONAL DA MULHER EM 1º DE MARÇO

Foto: Vladimir Barreto/Arquivo S/F
O Dia Internacional da Mulher será comemorado em sessão conjunta do Congresso no dia 1º de março, a partir das 10h, quando serão homenageadas também as vencedoras do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz. A autora do requerimento da homenagem é a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que é também assinado pelas 12 senadoras da Casa.

Celebrado oficialmente no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher marca uma série de eventos realizados em todo o mundo por melhores condições de vida e de trabalho para as mulheres. Segundo Vanessa Grazziotin, não se trata de uma data para presentear, mas sim para reivindicar.

- O objetivo é comemorar combatendo, discutindo e propondo - explicou Vanessa Grazziotin à Agência Senado nesta terça-feira (22).

Para ela, esse dia tem um significado especial. Mas como explica no requerimento para a realização da sessão conjunta, não é o único dia do ano em que as mulheres querem reconhecimento e respeito. "Queremos ser donas do nosso destino, queremos o fim de toda a violência contra as mulheres, o fim da violência doméstica que vitima esposas, companheiras, noivas, namoradas. Queremos que a mulher ocupe cada vez mais espaços na sociedade e nas estruturas do poder", afirma ela.

O Dia Internacional da Mulher foi instituído oficialmente em 1975, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A data escolhida - 8 de março - lembra a morte trágica num incêndio nos Estados Unidos, em 1857, de 129 operárias de uma fábrica têxtil, que reivindicavam melhores condições de trabalho. 
 
Bertha Lutz

O Prêmio Bertha Lutz foi criado pelo Senado para homenagear mulheres que tenham oferecido relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no país.

Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em 1894 e tornou-se líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras ao conseguir a aprovação da legislação que lhes permitiu o direito de votar e serem votadas.

Homenageadas

Entre as 14 indicadas para o prêmio em 2010, as cinco vencedoras são Maria Liége, Chloris Casagrande, Maria José Silva, Maria Ruth Barreto e Carmem Helena Foro.

Maria Liége participa da Federação Democrática Internacional de Mulheres. Chloris Casagrande é pedagoga, escritora e atualmente vice-presidente da Academia Paranaense de Letras. Maria José da Silva criou um projeto de coleta seletiva e educação ambiental e incentiva a criação de cooperativas formadas por mulheres catadoras de material, no Piauí. A psicopedagoga Maria Ruth Barreto foi a primeira presa política do Ceará durante o regime militar. Carmem Helena Foro trabalha como coordenadora de movimentos sindicais.

Dilma

Requerimento apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) solicita que, neste ano, durante a entrega do Prêmio Bertha Lutz, seja feita uma homenagem especial à presidente Dilma Rousseff.

Embora as inscrições para o prêmio tenham se encerrado no ano passado, Gleisi justifica a excepcionalidade por se tratar da primeira mulher a ser eleitapresidente da República do Brasil.

Valéria Castanho / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIORIA NO CONGRESSO APROVAM O MINIMO, R$ 545,00

Maioria vence fazendo o "minimo" possivel!
"Horas e horas de debates, discussões, discursos sim, discursos não, mas no final.... Governo aprova o minimo dos minimos.  R$ 545,00.  Maioria assegurada no Congresso, Dilma Rousseff bate o martelo!  Votei em Dilma, sei das dificuldades, mas o minimo deveria ser um salário digno para os trabalhadores (as), mas como o nome já diz, é MINIMO!  Esperamos que os trabalhadores (as) sejam compensados com ações voltadas para o social, educação, saúde e por ai vai, para pelo menos amenizar a magica que se faz hoje para sobreviver com um salário minimo!  Sobe-se tudo, passagens urbana, o pão francês, o combústivel e tantas outras coisas, mas o salario minimo para subir....  A única saída dos trabalhadores (as) é fazer bico, fazer horas extras e por ai vai, é um verdadeiro sacrificio humano ou como não dizer, DESUMANO!  Fica aqui o meu, o seu, o dele, o NOSSO PROTESTO!" - Eduardo Vasconcelos/ANE/RN-CPC/RN.

ATENÇÃO LAN HOUSE: TELEBRÁS FORÇARÁ MERCADO A REDUZIR PREÇO DA INTERNET

Ao levar web aonde teles não atuam, estatal diminuirá tarifa no atacado e beneficiará consumidor, diz presidente

Desde o anúncio do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), no início de 2010, a única certeza que se tinha sobre o plano -que pretende levar internet a 68% dos domicílios do país até 2014- era a de que caberia à Telebrás competir com as teles.

Houve críticas de que isso seria uma "reestatização" do setor, privatizado em 1998. Empossada, a presidente Dilma Rousseff escolheu a banda larga como um dos pilares de seu governo.

Rogério Santanna, um dos idealizadores do PNBL, foi mantido na presidência da Telebrás, que agora atuará no atacado, pressionando as teles a baixar preços aos provedores. Leia entrevista.

Folha - A Telebrás não vai atender clientes residenciais?

Rogério Santanna - Nosso foco será o mercado atacadista. A internet ao consumidor não é barata porque cinco empresas que vendem no atacado para os provedores têm 95% do mercado de transporte [rede de dados]. O problema é que elas também vendem no varejo.

A filosofia da Telebrás não é arrancar o sangue do provedor, como as operadoras, que cobram preço absurdo para tirá-lo do mercado. Nosso objetivo é fazê-lo crescer, prestando bom serviço.

Vamos oferecer infraestrutura com preços menores que os do mercado. Em Manaus (AM), um link de 1 Mbps (Megabit por segundo) custa no atacado R$ 9.500. Por esse preço, não dá para o provedor vender no varejo a R$ 35.

Qual rede será usada?

Temos fibras ópticas próprias na rede das elétricas do sistema Eletrobras. São as fibras da falida Eletronet, as quais o governo retomou. Essa rede hoje tem 21 mil quilômetros e chegará a 31 mil quilômetros em 2014.

Com ela, cobriremos 4.283 municípios, 1.163 já em 2011. Também negociamos o uso da rede da Petrobras.

Uma das críticas à Telebrás é o fato de cobrir cidades como Campinas, que tem renda per capita elevada. Que cidades serão atendidas?

Há bolsões de apagão de internet em cidades ricas. Em São Paulo, a penetração de internet é de 35%. Em Campinas, 16%. Bairros pobres não têm acesso. A escolha das cidades tem a ver com esse problema e com a distribuição geográfica da rede elétrica [a fibra óptica corre com os cabos em que passa a energia].

Por que a massificação da web pelas teles não ocorreu?

No Japão, o serviço de voz responde por 30% da receita, o restante (70%) são dados [internet]. No Brasil, essa proporção é de 90% para voz e 10% para dados.

Como o mercado de voz é muito rentável, não existe incentivo para a operadora migrar para o mercado de dados, porque a margem de lucro é estreita e ela teria de vender muito mais.

O PNBL não muda isso?

As teles sabem que vão perder, mas tentam adiar ao máximo porque o crescimento do consumo de dados [internet] pode significar a canibalização do mercado de voz.

A abordagem delas é operar onde há mais renda e população. Nas classes A e B, o consumidor não tende a cortar o telefone ao passar a usar a internet. Na classe C, possivelmente haverá corte ou queda do consumo.

Nesse cenário, qual será o papel da Telebrás?

À medida que entregarmos infraestrutura aos provedores, das duas, uma: ou o mercado de internet fora dos bolsões de riqueza não ficará com as teles, e passará a ser atendido pelos pequenos provedores, ou elas se darão conta de que não é assim.

Há interessados?

Até o momento, 285 provedores [de um total de 2.076] se cadastraram como parceiros da Telebrás. A associação dos provedores já me garantiu que não há lugar do país onde eles não possam estar.

E se não aderirem?

Haverá franquias da Telebrás, algo que poderia valer para LAN houses ou pequenos provedores.

Eles poderão comprar alguns de nossos equipamentos, receber treinamento, e providenciaremos a conexão até o enlace (torre) mais próximo para que virem operadores.

Com qual compromisso de qualidade?

Nenhum provedor poderá colocar mais do que dez pessoas dividindo uma conexão de 10 Mbps. É como tentar evitar o overbooking da internet. Nossa rede medirá esses índices no provedor e até no usuário. Quem não cumprir a regra poderá não ter acesso a preço diferenciado. Nas teles, nem 10% da velocidade é entregue. Na Telebrás, não queremos que o mínimo seja o máximo.

As metas serão cumpridas?

Se os recursos forem aportados, como combinado.

A que custo?

Nada será subsidiado, tudo aqui vai se pagar.

Fonte: Folha de S. Paulo

FALTAM PROFESSORES QUALIFICADOS NO ENSINO MÉDIO

Docentes desta etapa lidam com várias turmas, salas cheias e lecionam conteúdos para os quais não se formaram

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo

Compartilhar: Para ensinar, seria esperado que os professores estivessem entre os profissionais mais bem preparados da sociedade, mas indicadores apontam que isso está longe de acontecer. Décadas de salários baixos e relatos de condições de trabalho inadequadas afastaram da carreira a maioria das pessoas com os melhores desempenhos enquanto estudantes. A falta de atratividade da profissão atinge a educação brasileira como um todo, mas provoca consequências ainda mais sérias no ensino médio, como falta de professores especializados, o tema da quarta reportagem da série especial do iG Educação sobre o fracasso desta etapa.

Uma pesquisa da Fundação Lemann aponta que 30% dos estudantes que decidem ser professores estavam no grupo dos 5% com as piores notas quando eram alunos. “As pessoas que buscam a carreira são, em geral, de classe baixa e ainda vêem o cargo como ascensão social, mas infelizmente carregam pouca bagagem cultural”, comenta Elizabeth Balbachevsky, pesquisadora participante de grupos internacionais na área de educação para jovens e livre docente pela Universidade de São Paulo.

A falta de preparo é mais preocupante no ensino médio. A complexidade dos conteúdos exigiria profissionais com formações específicas e aprofundadas, mas como as escolas não encontram quantidade suficiente no mercado, salas de aula acabam ficando vazias ou docentes de uma área são improvisados em outras para as quais não têm formação adequada.

A primeira opção é mais comum nas redes públicas. Alan Henrique Meira dos Santos, de 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio na escola estadual Irma Annette Marlene Fernandez de Mello, zona leste de São Paulo, afirma que a falta de aulas por ausência de professor é o maior problema que enfrenta para aprender.
O jovem conta que, no ano passado, não teve aula nenhuma sexta-feira. “De português, trocou o professor três vezes e teve aula no máximo durante dois meses”, afirma, enquanto folheia o caderno na tentativa de lembrar de todas as disciplinas que cursa. “Física, o professor vinha, biologia, faltou só um pouco, e filosofia veio quase metade do ano. Inglês, não teve.”

Na ausência do professor específico, as escolas tentam preencher as aulas com o profissional que tem à disposição. Um relatório de 2009 também da Fundação Lemann mostra que menos de 40% dos professores de física, química, artes e inglês do ensino médio são formados na disciplina que ministram. Mesmo em língua portuguesa e matemática, esse porcentual não passa de 70%.

Foto: Pablo Rey/Fotoarena

Sociológo, Jocimar da Silva, dá aulas também de filosofia e espanhol em colégio particular de Recife

No Recife, o sociólogo Jocimar da Silva procurou trabalho como professor de sociologia no colégio particular Curso Menezes e ganhou também as vagas para ministrar disciplinas de filosofia e espanhol. Segundo ele, mesmo sem ter estudado a didática de ambas, o fato de ter feito um curso de línguas o ajuda nas aulas de espanhol e as outras duas matérias são relacionadas à sua formação. “Foi minha primeira experiência como professor titular. Antes, durante a faculdade, eu tinha feito estágio em escola pública, mas como substituto de matemática”, conta.

Jocimar assumiu todas as três séries do ensino médio e também parte do fundamental. Com isso, passa as manhãs em sala de aula. À tarde, ele tem um segundo emprego como assessor de um vereador. “Por sorte, só vou à Câmara em dias de reuniões e, no restante, trabalho de casa e consigo tempo para ver o material da escola e preparar a aula.”

Empregos múltiplos

A falta de dedicação exclusiva à educação também é mais frequente no ensino médio do que no ensino fundamental ou infantil, segundo pesquisa feita pelo Instituto Paulo Montenegro, braço do Ibope voltado à educação. Segundo entrevistas realizadas com professores das 10 maiores capitais brasileiras, enquanto 12% dos docentes em geral realizam outro trabalho além de lecionar, no ensino médio, esse porcentual vai para 21%.

A diretora-executiva da instituição, Ana Lúcia Lima, ainda aponta o fato de os docentes darem aulas em muitas turmas, normalmente superlotadas, como dificultador do trabalho docente. “Há no ensino médio uma parcela maior de professores com melhor formação. Por outro lado, a grade curricular prevê um grande número de disciplinas, com aulas distribuídas ao longo da semana, fazendo com que muitos lecionem em várias turmas, às vezes, dispersas por diferentes escolas”, diz.

Na pesquisa, os docentes do ensino médio também reclamaram de falta de valorização por parte dos pais e alunos e da lotação das várias salas de aula que frequentam. Um educador dessa fase de ensino tem, em média, 402 alunos, com os quais mantém um contato pouco frequente. “Em síntese, é mais crítica a situação dos professores do ensino médio com relação às condições de trabalho e ao desprestígio junto à sociedade”, conclui a diretora do instituto. 
 
Foto: Amana Salles/Fotoarena

Professor Walmir dá 31 aulas por semana: "Infelizmente, não sobra tempo para preparar projeto de aula diferenciado ou de recuperação para os alunos"

Quem tenta melhorar a formação encontra dificuldade

O professor de língua portuguesa da rede estadual de São Paulo, Walmir Siqueira, dá aulas para uma quantidade de estudantes um pouco acima da média registrada pela pesquisa: 440 em 11 turmas diferentes. “As salas de ensino fundamental têm até 35, mas as do ensino médio, todas, recebem mais de 40”, comenta.

Formado em 1994, ele conta que procurou a profissão com a visão que tinha na época: “Ser mestre ainda era algo nobre”, lembra. Em 1995, chegou a receber orientações dentro da escola em que iniciou a carreira. “Tinha um coordenador por disciplina e reuniões semanais para discutir projetos em conjunto”, afirma.

A formação interna foi interrompida no ano seguinte, mas o governo formou uma parceria com universidades para que os professores fizessem pós-graduação. “Comecei e estava adorando, mas o convênio foi interrompido no meio, ninguém ganhou diploma nem nada”, recorda. Empolgado com os estudos, Walmir se matriculou em um curso particular no ano seguinte, mas diz que não concluiu o projeto por falta de tempo e dinheiro.

O professor recebe R$ 1.600 por mês e conta que o salário baixo também o impede de se dedicar mais às dificuldades apresentadas pelos alunos. “Para ganhar isso, dou 31 aulas semanais (o limite permitido pela legislação paulista é de 32). Infelizmente, não sobra tempo para preparar um projeto diferenciado, mais atraente, ou aulas de recuperação, que são obviamente necessárias.”